domingo, 26 de julho de 2009

Perdido...



Hoje sinto-me perdido, estou parado na chuva...
Viver sem sentido, dormir sem sonhar, procurar e não encontrar, vou-me afogando lentamente...
A minha vida inteira é uma guerra, e eu sem armas!
Estou preso num espaço vazio...fui derrotado no meu próprio jogo...

Parece que vivo na fronteira da realidade, onde posso mudar o que não gosto, excepto uma coisa, o facto de que estou perdido...
Ando a vaguear nas salas desta fronteira durante toda a minha vida, alternando entre a realidade e a fantasia...

Memórias que voltam para me assombrar revelam a verdade escondida dentro de mim para me lembrar o que é falso e o que é verdade...

A fria ilusão no fundo dos meus gritos...

Com o passado só podemos aprender, esquecer todas as letras, todas as dúvidas...

Tento voltar a por-me de pé, voltar a sentir o meu coração bater, libertar-me destas correntes que me prendem os movimentos e transpirar o meu próprio veneno de dentro das minhas veias...

Desta mancha negra que me assombra, afasto o passado que está entranhado na minha mente, o medo que me deixa em desânimo...

Tento encontrar o meu caminho de volta, voltar para o sabor agridoce da realidade, mas sempre que tento ir em outra direcção, acabo sempre onde estava antes...

Tornou-se um ciclo vicioso, por isso, estou preso no meu próprio mundo...

"Não sei para onde vou, mas estou a caminho..."

Até um dia destes, ou daqueles!

domingo, 8 de março de 2009

Pausa...



Apetecia-me por tudo em pausa de momento...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pega a minha mão...


Pega na minha mão e segura-a...

Não foges de mim hoje?

Mantém-me quente e não largues...

Nós vamos escapar e eles nunca vão saber...


Desfruta a noite e a Lua tão brilhante...

Não foges de mim hoje?

Quero sussurrar palavras doces ao teu ouvido...

Tão perto que consigo ouvir o teu coração bater...


Vamos para longe, de maneira a que não se consiga ver a cidade...

Não foges de mim hoje?

Deixa todas as tristezas e preocupações para trás...

É tempo de desanuviar um pouco a alma...


Tu e eu juntos, estamos assim, bem.

Não foges de mim hoje?

Os problemas do dia a dia não existem...

Uma fuga inteligente e ninguém vai dar pela nossa falta...


Cede, não lutes contra mim...

Não foges de mim hoje...?

O mundo é frio e cruel, mas podemos ser livres...


Pega a minha mão, e foge comigo...



Sentidos...


Olha.

Sorri.

Chega-te a mim...

Acaricia.

Brinca com os meus lábios...

Amarra-me.

Venda-me os olhos...

Guia-me...

Explora-me.

Brinca.

Abraça-me.

Toca-me...

Move-te...muito, mas muito devagar...


Tens tempo, podes perde-lo...

Sempre em mudança, nunca parar...

Beija-me para sempre, nunca pares...

Faço-te perder...permanentemente..

Irremediavelmente, sou eu, desajeitado...

Faz-me apaixonar...


Beijar-te.

Cheirar-te.

Tomar-te o gosto...

Puxar-te.

Ferrar-te.

Entrar em ti...

Grita...

Mover lentamente...

Segue-me por todo o nosso caminho...

Mais rápido, dizes-me tu, com o teu corpo...

Desejo.

Prazer.

Dor.

Luxúria...

Obcesão.


Amor...


Leva o teu tempo a perderes o meu tempo...

Vou-te guiar, dizer-te para onde tens de ir...

Aqui, ali, e por toda a parte de mim...

Quero ir, ficar em ti, e cair...


Recuperar a respiração...

Paixão.

Depois, é o principio do fim...

Parar.

Ir, vezes e vezes sem conta...

Tu e eu, perdidos...mas verdadeiros.


Estás em mim...preenches-me os sentidos...!



quinta-feira, 12 de junho de 2008

Calor...


Com este calor, o que sabia bem agora, não era um Cubo Mágico...era um Cubo de Gelo nas costas...era tão, mas tão bom...

Sem sabor, sem cheiro, frio, como Água...quero sabor e cheiro!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Aquela noite...Pura e Dura!


Hoje sim...soltei o espírito do desejo de mim...deixei-o voar...

Cheguei a tua casa...estavas tu com uma t-shirt grande branca...apenas com umas cuecas cor de rosa por baixo...nada mais...o cabelo molhado...quase a pingar...castanho...pelos ombros...

Senti passar por mim o odor que o teu cabelo libertava que se misturava com o cheiro das velas com sabor a morango...olhei para ti...sentei-me no sofá e acendi mais um cigarro...desviei o olhar para baixo e reparei que tinhas pintado as unhas de negro...gostei...a meio do cigarro subi por ti com o olhar...reparei que a t-shirt chegava a meio das coxas...a pele queimada do sol...imaginei-me lambendo o suor agridoce...mas contive-me...

Olhei em redor à procura do comando da tv...desapareceste por momentos...liguei-a...perguntaste-me se queria tomar algo e já nem me lembro se disse alguma coisa...minutos mais tarde trouxeste-me um copo de sumo...nem me lembro do sabor...bebi-o de uma só vez...acendi outro cigarro com a ponta quase morta do outro...dei vida a algo...

Ouvi barulho na cozinha mas não liguei...pus-me a mudar de canal sem atenção ao que estava a dar...dei por mim a ver um documentário sobre caranguejos...vieste sentar-te ao pé de mim...colada a mim...senti algo frio e húmido no braço...era uma pinga que se soltou do teu cabelo...deixei-a ser absorvida por mim...fizeste-me abraçar-te...pegando no meu braço...e ali ficamos..durante um tempo...ajeitas-te a posição..e senti o teu seio..redondo e rijo...como um limão...excitei-me...mas mais uma vez...contive-me...

Apoiei-me nas duas mãos e levantei-me...perguntaste-me onde ia...não te respondi...fui á casa de banho...olhei-me no espelho...esfreguei a cara...senti a água a mergulhar no meu peito...não o sequei...limpei a cara...olho-me de relance ao espelho e saio...fui á cozinha...abro o congelador e tiro duas pedras de gelo e ponho-as num copo...vou na tua direcção sem falar...sem expressão estampada em mim...levantaste-te em direcção a mim...atirei-te para cima do sofá...ficaste a olhar para mim com dúvida de algo...pouso o copo para cima da mesa de vidro que quase que partia com tanta violência...esticaste-te como uma sereia a apanhar banhos de sol em cima duma rocha perdida no meio do mar...com as pernas cruzadas...

fui para cima de ti...beijei-te...ferrei-te...fiz de tudo para não te desejar...mas o desejo não perdoava...encontrei o amor nos teus olhos se mi abertos...de joelhos aos teus pés...rasguei-te a t-shirt a meio...estiquei-me e consegui apanhar o copo...as duas pedras de gelo quase que só pareciam uma...parti-as a meio com os dentes que se queixaram de dor quando as trinquei...segurei uma com os dentes e colei-me a ti...vi como trincavas o lábio inferior com os olhos grandes e azuis que só queriam fechar e voar...olhar de ternura...percorri os mamilos duros e redondos como duas moedas de ouro...o gelo derretia...cada vez mais...até que o deixei cair por ti abaixo...parou no umbigo...soltas-te um gemido...parou no umbigo...segurei-te os braços e lutavas com as pernas para te soltar...mas não te soltei...gemias...e gemias mais ainda e não te soltei...fiquei a observar o liquido transparente que se acendia na tua pele morena...derreteu...ficou á temperatura do teu corpo...levantei-me com um sorriso malvado...no mesmo segundo ficaste de 4 no sofá...olhaste para mim e disseste-me..."fode-me como nunca fodeste ninguém..."...tirei-te as cuecas encharcadas...baixei-me e lambi o liquido escorrido nas coxas que o teu interior não conseguia reter...levantei a cabeça e penetrei-te com a minha língua quente e molhada...saliva dentro de ti...misturada com prazer...tu tremias e crescias ainda mais...ferrava o teu clitóris que latejava...gemias e gritavas para que não parasse...entrei em ti...mergulhei a língua dentro de ti...como a um corneto de morango...sentia o doce...saboreava o amargo...vieste-te como uma louca...já não tinhas força para te aguentar nos joelhos...mas não te deixei ir abaixo...agora sim...não me conti...e meti a força do meu ser devagar enquanto gemias...agarrei-te pelas nádegas e fodi-te com uma força tal que ficaste com elas marcadas...as minhas mãos marcadas em ti...na pele morena...vermelha...ouvia...sentia...quente...húmida...molhada...encharcada...gemias...eras tu...a dizer-me para não parar...a minha excitação crescia ainda mais...agarrei-te com uma mão pelo cabelo e outra no ombro esquerdo...vieste-te outra vez...estavas no auge...sentias-te uma fera a ser dominada...por mim...agarrei-te pelas ancas largas que sobressaem nas saias curtas que usas e apertei-te...colei-te a mim...vim-me dentro de ti...soltei toda a minha vida dentro de ti...larguei-te e no mesmo momento deixaste-te escorregar até caíres...

Disseste-me "adorei...!"...olhei para ti...corri-te com o olhar...sorri...reparei como estavas encharcada de suor no sofá de couro preto baço...aproximei-me...beijei-te a testa...passei a mão no teu rosto...e lá ficaste tu...nua...com o desejo do prazer saciado...virei costas...dirigi-me á porta de saída...soltei mais um sorriso...acendi mais um cigarro e saí...e não...neste tempo todo não falei...quiseste que te amasse e foi o que fiz...amei-te...dei-te prazer...

( Foi escrito há bastante tempo...mas só hoje me deu para o por aqui... )

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Surpresa...


Ela sabia que Ele gostava de surpresas...por isso fez-lhe uma...

Uma da manhã, chega ele a casa, o trabalho não tinha corrido bem, estava cansado, suado, tinha os pés frios e a cabeça quente...

Começa aquela rotina de quando chega a casa, atira a roupa pelo quarto e quer um banho...até que vê uma luz quase a desfalecer pelo pouco que a porta deixava ver...era a vela...

Abre a porta lentamente, olha para o chão e vê a roupa dela...olha para a cama e sorri...fica uns momentos encostado à parede só a observar...

Ela estava com uma mão por baixo da almofada dele, uma perna dobrada em forma de quatro de fora dos lençóis, as costas que tinham aquele tom de chocolate mas que eram viciantes como café para Ele, estavam descobertas, as ancas meias descobertas deixavam adivinhar aquelas cuecas de vela pretas uma camisa de dormir negra, quase transparente, queria estar bonita para Ele...estava tranquila, quase que era pecado acordá-la naquele momento...

Ele suspira, vai directo para a banheira...a água quase a escaldar cobre-o como um manto de veludo...Ele gosta...é como uma pequena delícia...seca-se, mas não totalmente, passa a toalha ao de leve, gosta de sair do banho e sentir o corpo a fumegar e húmido...

Vai em direcção para a cama...entra devagarinho, para não a acordar, gosta de a ver assim, tranquilamente deliciada no seu sonho...

Passa as pontas dos dedos lentamente, pelos tornozelos, joelhos, coxas, ancas, ventre, peito, ombros, e pára na sua face...

Afasta-lhe o cabelo, beija-lhe o pescoço...

Diz-lhe num tom meloso:

- Sabes o que mais gosto em ti...? A oportunidade de conhecer algo novo de ti todos os dias...

Ela vira-se para ele, beija-o, esboça um sorriso, cheira-lhe o pescoço, e aninha-se no seu colo, no calor do seu abraço, sentia-se protegida, não havia nada de que ela tivesse medo quando lá estava assim, perdida...

Ele penteia-lhe o cabelo com as pontas dos dedos e diz-lhe:

- Apeteces-me, mesmo quando estás em silêncio...

Beija-a na testa, cheira-lhe o sorriso que o seduz, enrosca-se nela, e adormece assim, calmo, com um sorriso nos lábios, só pela satisfação de a ter ali naquele momento...