segunda-feira, 2 de junho de 2008

Aquela noite...Pura e Dura!


Hoje sim...soltei o espírito do desejo de mim...deixei-o voar...

Cheguei a tua casa...estavas tu com uma t-shirt grande branca...apenas com umas cuecas cor de rosa por baixo...nada mais...o cabelo molhado...quase a pingar...castanho...pelos ombros...

Senti passar por mim o odor que o teu cabelo libertava que se misturava com o cheiro das velas com sabor a morango...olhei para ti...sentei-me no sofá e acendi mais um cigarro...desviei o olhar para baixo e reparei que tinhas pintado as unhas de negro...gostei...a meio do cigarro subi por ti com o olhar...reparei que a t-shirt chegava a meio das coxas...a pele queimada do sol...imaginei-me lambendo o suor agridoce...mas contive-me...

Olhei em redor à procura do comando da tv...desapareceste por momentos...liguei-a...perguntaste-me se queria tomar algo e já nem me lembro se disse alguma coisa...minutos mais tarde trouxeste-me um copo de sumo...nem me lembro do sabor...bebi-o de uma só vez...acendi outro cigarro com a ponta quase morta do outro...dei vida a algo...

Ouvi barulho na cozinha mas não liguei...pus-me a mudar de canal sem atenção ao que estava a dar...dei por mim a ver um documentário sobre caranguejos...vieste sentar-te ao pé de mim...colada a mim...senti algo frio e húmido no braço...era uma pinga que se soltou do teu cabelo...deixei-a ser absorvida por mim...fizeste-me abraçar-te...pegando no meu braço...e ali ficamos..durante um tempo...ajeitas-te a posição..e senti o teu seio..redondo e rijo...como um limão...excitei-me...mas mais uma vez...contive-me...

Apoiei-me nas duas mãos e levantei-me...perguntaste-me onde ia...não te respondi...fui á casa de banho...olhei-me no espelho...esfreguei a cara...senti a água a mergulhar no meu peito...não o sequei...limpei a cara...olho-me de relance ao espelho e saio...fui á cozinha...abro o congelador e tiro duas pedras de gelo e ponho-as num copo...vou na tua direcção sem falar...sem expressão estampada em mim...levantaste-te em direcção a mim...atirei-te para cima do sofá...ficaste a olhar para mim com dúvida de algo...pouso o copo para cima da mesa de vidro que quase que partia com tanta violência...esticaste-te como uma sereia a apanhar banhos de sol em cima duma rocha perdida no meio do mar...com as pernas cruzadas...

fui para cima de ti...beijei-te...ferrei-te...fiz de tudo para não te desejar...mas o desejo não perdoava...encontrei o amor nos teus olhos se mi abertos...de joelhos aos teus pés...rasguei-te a t-shirt a meio...estiquei-me e consegui apanhar o copo...as duas pedras de gelo quase que só pareciam uma...parti-as a meio com os dentes que se queixaram de dor quando as trinquei...segurei uma com os dentes e colei-me a ti...vi como trincavas o lábio inferior com os olhos grandes e azuis que só queriam fechar e voar...olhar de ternura...percorri os mamilos duros e redondos como duas moedas de ouro...o gelo derretia...cada vez mais...até que o deixei cair por ti abaixo...parou no umbigo...soltas-te um gemido...parou no umbigo...segurei-te os braços e lutavas com as pernas para te soltar...mas não te soltei...gemias...e gemias mais ainda e não te soltei...fiquei a observar o liquido transparente que se acendia na tua pele morena...derreteu...ficou á temperatura do teu corpo...levantei-me com um sorriso malvado...no mesmo segundo ficaste de 4 no sofá...olhaste para mim e disseste-me..."fode-me como nunca fodeste ninguém..."...tirei-te as cuecas encharcadas...baixei-me e lambi o liquido escorrido nas coxas que o teu interior não conseguia reter...levantei a cabeça e penetrei-te com a minha língua quente e molhada...saliva dentro de ti...misturada com prazer...tu tremias e crescias ainda mais...ferrava o teu clitóris que latejava...gemias e gritavas para que não parasse...entrei em ti...mergulhei a língua dentro de ti...como a um corneto de morango...sentia o doce...saboreava o amargo...vieste-te como uma louca...já não tinhas força para te aguentar nos joelhos...mas não te deixei ir abaixo...agora sim...não me conti...e meti a força do meu ser devagar enquanto gemias...agarrei-te pelas nádegas e fodi-te com uma força tal que ficaste com elas marcadas...as minhas mãos marcadas em ti...na pele morena...vermelha...ouvia...sentia...quente...húmida...molhada...encharcada...gemias...eras tu...a dizer-me para não parar...a minha excitação crescia ainda mais...agarrei-te com uma mão pelo cabelo e outra no ombro esquerdo...vieste-te outra vez...estavas no auge...sentias-te uma fera a ser dominada...por mim...agarrei-te pelas ancas largas que sobressaem nas saias curtas que usas e apertei-te...colei-te a mim...vim-me dentro de ti...soltei toda a minha vida dentro de ti...larguei-te e no mesmo momento deixaste-te escorregar até caíres...

Disseste-me "adorei...!"...olhei para ti...corri-te com o olhar...sorri...reparei como estavas encharcada de suor no sofá de couro preto baço...aproximei-me...beijei-te a testa...passei a mão no teu rosto...e lá ficaste tu...nua...com o desejo do prazer saciado...virei costas...dirigi-me á porta de saída...soltei mais um sorriso...acendi mais um cigarro e saí...e não...neste tempo todo não falei...quiseste que te amasse e foi o que fiz...amei-te...dei-te prazer...

( Foi escrito há bastante tempo...mas só hoje me deu para o por aqui... )

4 comentários:

V! disse...

Como sempre e como já to disse...são os promenores.
A forma, o cheiro, o sentimento a descrição que lhes fazes, que lhes dás!
É o bocadinho de ti que metes em cada um deles que tornam os teus textos assim :D
Já o tinha lido, mas tive de vir comentar!!! :P

Beijinho*

Aguarelas. disse...

Está simplesmente fantástico!
Parabéns. :D E continua.. quero ler maiiis. ^^

Beijinhoo *

Anônimo disse...

Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte...

Amor é pensamento
Teorema
Amor é novela
Sexo é cinema..

Sexo é imaginação
Fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia...

O amor nos torna
Patéticos
Sexo é uma selva
De epiléticos...

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Oh! Oh! Uh!

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom
Amor é do bem...

Amor sem sexo
É amizade
Sexo sem amor
É vontade...

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes
Amor depois...

Sexo vem dos outros
E vai embora
Amor vem de nós
E demora...

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Oh! Oh! Oh!

Amor é isso
Sexo é aquilo
E coisa e tal!
E tal e coisa!
Uh! Uh! Uh!
Ai o amor!
Hum! O sexo!


P.S. Muitas pessoas se fascinam pelos detalhes e esquecem o que realmente procuram! :)

Blad3 disse...

HMm
cube! a poesia não nasce de rimas ou prosas estupidas...
Nasce de verdadeiras palavras... palavras estas que sabem ser usadas...
És 1 verdadeiro artista ;]